segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Hiper Rápidas #1 - O dilema do PT

Joaquim Brito e Renan: parceria incomoda tendências
internas do PT, que prometem reagir (Foto: Olívia de Cerqueira)

Estamos em 2013, mas a movimentação política dos caciques e partidos alagoanos já apontam um cenário muito bem definido para daqui a pouco mais de um ano, em outubro de 2014 - são as eleições quase gerais que se aproximam em AL.

Dentre eles, está o PT, partido da presidenta da república, e que após as eleições municipais conseguiu colocar seu primeiro deputado federal pelo estado, o ex-presidente estadual do partido Paulo Fernando dos Santos. Em alguns meses, o partido passa por seu congresso estadual, que deve definir importantes perspectivas para 2014.

O maior receio, principalmente da militância e das tendências mais à esquerda, é que os vermelhos tenham que pedir votos para Collor, pré-candidato aberto ao senado, e integrante da base de apoio de Dilma - um dos mais "fiéis", diga-se.

Ao que tudo indica, a briga será renhida. A Construindo um Novo Brasil, ou CNB, tendência majoritária que abriga, entre outros, Joaquim Brito e Paulão, prefere o conforto da aliança em um chapão que reproduza a heterogênea base de Dilma - o que significa repetir apoio a Ronaldo Lessa, Collor, Renan, João Lyra e companhia. Entretanto, há um desconforto cada vez maior entre as demais tendências petistas, que prometem reagir a esse posicionamento.

Se a vitória nas eleições internas cair no colo do grupo de Brito/Paulão, quem viver, verá: pedindo votos na rua, o PT com a estrela de um lado, e o adesivo collorido no outro. 


NOVA LÍDER
2013 é ano de mudança no comando de câmara dos deputados e senado, e também das lideranças dos partidos nas duas casas. Pelo PCdoB, partido que tem 14 deputados federais, assume a liderança da bancada a bela deputada Manuela D'avila. Manu, como é chamada, foi candidata a prefeita de Porto Alegre e é uma das lideranças ascendentes do partido. É dela o projeto sancionado esta semana pela presidenta Dilma, o Vale Cultura - uma graninha a mais para o trabalhador utilizar especificamente em projetos culturais.

HH 2014
Heloísa Helena, ex-senadora e vereadora por Maceió, anda enigmática nos últimos dias, resultado da dúvida que povoa sua cabeça: sair ou não do PSOL? mudar ou não para o Rio de Janeiro? o futuro político de Heloísa parece ser uma incógnita até para a própria vereadora. Marina Silva, sua mais nova "amiga de infância", a convidou para fundar um novo partido, e nele disputar o senado pelo RJ em 2014. Nas redes sociais, em seu conhecido estilo, HH disse que, "se viva em 2014, candidata aqui [em AL]". Até o ano que vem, pode mudar de ideia.

UVEAL
Está eleita a nova direção da União dos Vereadores de Alagoas - UVEAL. Hugo Wanderley (PMDB), vereador de Cacimbinhas, foi reeleito para um novo mandato, tendo como vice o vereador por Palmeira dos Índios, professor França Junior (PSDB). A chapa única foi a escolha de 586 dos 588 votantes, vereadores de todo o estado de Alagoas. Wanderley e França tiveram o apoio das lideranças de seus partidos, Renan e Téo, que apareceram na eleição (um de cada vez, claro) para cumprimentar os presentes. 

VILELA EM TEOTONIO VILELA
Ivaldo Vilela, o Gordivaldo (PSDB), assumiu interinamente a prefeitura de Teotonio Vilela, no lugar do titular Peu Pereira, que se licenciou para um tratamento médico. Sobrinho-neto do velho senador Teotonio, fundador da cidade, e primo de Téo Vilela, Gordivaldo é o primeiro membro da família a assumir o comando do município em 25 anos. Folião assumido, a posse do prefeito teve direito a banda de frevo e animadas marchinhas de carnaval.

SOBROU PRO SUPLICY
A simbiose entre o PT e o PMDB, em todos os níveis de poder, parece mesmo ser um processo irreversível. Em 2014, algumas lideranças petistas defendem que Eduardo Suplicy, senador em seu terceiro mandato, ceda vaga ao PMDB, que indicaria Gabriel Chalita, em troca do apoio do partido a um petista ao governo do estado. Com isso, Suplicy encerraria sua carreira política, sem conseguir emplacar seu maior e único projeto: o renda mínima de cidadania.

E AÍ, RUI?
É cedo ainda, são 21 dias como chefe do executivo. Mas Rui Palmeira (PSDB) falou em rever valores de contratos licitados, mutirões de limpeza e iluminação nos bairros, reclamou do caos na saúde deixado por Cícero Almeida... mas, tal como o gestor anterior, ainda não mexeu na licitação do transporte coletivo da capital, que continua na mesma. Esta semana, uma das empresas que operam por aqui conseguiu, via judiciário, impedir outra de fazer uma linha parecida com a dela - ou seja, uma grande bagunça. Vamos acompanhar até onde essa novela se arrastará.

FEEDBACK
Gostaríamos de saber o que você achou desse novo formato. Ele estará nesse e nos outros portais que publicam o HiperTexto todas as segundas, fazendo o resumo político da semana anterior. Os artigos de opinião permanecem nos demais dias da semana, agora incrementados com a participação de convidados, pessoas que também pensam e escrevem sobre nossa realidade. Se gostou, escreva-nos um comentário!

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